Durante uma entrevista ao podcast Good Game Nice Try, Laura Bailey, atriz que deu voz original e movimentos a Abby em The Last of Us Part II, comentou como eram raros os papéis idealizados para mulheres e como isso melhorou ao longo de seus anos na indústria de games.
Levando em consideração essas dificuldades, Bailey comentou sobre uma conversa que teve com Troy Baker, na época em que os dois eram vizinhos. Bailey recorda-se de dizer “como era frustrante na indústria da época ser uma mulher e só ter papéis aparecendo tão raramente que eram pessoas de pleno direito”, explicou ela. “Foi difícil para ele entender porque, para ele, sempre foi um dado adquirido que esse é o tipo de papéis que ele iria desempenhar. Eu sempre fui a esposa, ou o ajudante, ou a garota que você estava resgatando, ou algo assim.”
Laura Bailey recordou de Rayne uma personagem mulher durona que dublou em BloodRayne. A dubladora comentou que embora Rayne fosse uma personagem forte, ela também não podia escapar de ser sexualizada. “Rayne tinha uma versão da Playboy”. “Muitos de seus ruídos de reação, os ruídos de sucção de sangue, soavam sexuais, tais como os da Lara Croft em Tomb Raider“.
“Não se trata de mulheres duronas, é sobre personagens durões, e eles podem ser uma mulher”. “Eu vi muito mais papéis chegando que são totalmente realizados, eles são personagens completamente tridimensionais em oposição a apenas ‘garota sexy balançando uma espada’.” “Ver a progressão apenas nesta última década da quantidade de papéis oferecidos às mulheres tem sido fenomenal”, acrescentou ela.
Sobre The Last of Us ela comentou, “Abby e Ellie são ótimas personagens porque podem ser simplesmente humanas.”
Bailey foi a vencedora da categoria “Melhor Performance” no TGA 2020, o que mostra que as mulheres vem tendo grande destaque e influência no mundo dos games.