A série The Last of Us da HBO, baseada no aclamado videogame, vem ganhando destaque tanto pela qualidade da produção quanto pelas escolhas de elenco que, mesmo diante de críticas iniciais, têm provado seu valor.
Durante a preparação da segunda temporada, o El País acompanhou as filmagens em Vancouver, que ocorreram em ambientes cuidadosamente planejados, com cenários que reforçam a atmosfera apocalíptica e realista da narrativa. A produção se empenhou em manter o equilíbrio entre a fidelidade ao jogo e a adaptação para a televisão. Em meio a esse processo, as decisões artísticas ganham contornos de responsabilidade e inovação, e por fim, o resultado é um produto que, apesar dos desafios, busca agradar tanto fãs antigos quanto novos espectadores.
Diversas questões envolvendo a adaptação se refletem na escolha dos atores para papéis tão emblemáticos. “A escolha do elenco pode ser muito difícil de fazer de maneiras que reúnam tanto o público dos jogos quanto as pessoas que são novas na história”, refletiu o co-showrunner Craig Mazin durante conversa com imprensa nos bastidores. Questões de adequação e sensibilidade na interpretação foram discutidas de forma cuidadosa pelos criadores, que optaram por priorizar o espírito dos personagens em detrimento da mera semelhança física.
“Não se trata de seguir alguns caminhos fáceis onde é, ‘oh, essa pessoa se parece com o personagem do videogame’, mas sobre quem tem o espírito e quem fará o trabalho mais bonito e produtivo interpretando essa pessoa e fazendo você se apaixonar por ela como um ser humano.”
Cada decisão reflete um compromisso com a essência da obra e com a qualidade da narrativa.
A escolha de Bella Ramsey para o papel de Ellie destaca-se como um dos pontos altos da temporada. Inicialmente, alguns fãs questionaram a semelhança da atriz com a personagem dos jogos, mas a equipe criativa apostou na capacidade de Ramsey de transmitir emoções e profundidade. “Desde o primeiro dia, eu não tinha dúvidas sobre a escolha”, diz Mazin, falando orgulhosamente de Ramsey, que tem apenas 21 anos. Notavelmente, o desenvolvimento de Ellie promete evoluir de forma significativa na segunda temporada. Inúmeras sessões de ensaio e discussões de roteiro reforçam o comprometimento com um retrato autêntico da personagem.
A repercussão do primeiro episódio da primeira temporada também evidencia a confiança depositada no elenco e na equipe. Como forma de perspectiva, a matemática dos números demonstra: 40 milhões de espectadores nos EUA — e ainda mais no mundo todo — acompanharam o início da série. Críticas foram superadas pelo reconhecimento dos talentos envolvidos, o que reforça a credibilidade da produção. “Os colegas de Bella os reconheceram pelo trabalho que fizeram, seja por meio do Screen Actors, do Emmy ou do Globo de Ouro, o mesmo para Pedro, o que mais você pode dizer?” diz Mazin. “Se eu pudesse trabalhar com alguém como Bella pelo resto da minha vida, seria o paraíso.”
Gabriel Luna, que interpreta Tommy, reforça o destaque de Ramsey ao afirmar que sua personagem “carrega o peso da temporada em seus ombros”. Em outra declaração, ele complementa: “Aonde quer que ela vá, eu a sigo, na vida e na história”, demonstrando seu apoio e confiança na capacidade de Bella de liderar a trama. Detalhes da produção, como os longos períodos de preparação e os desafios técnicos enfrentados nas filmagens, contribuem para o realismo e a tensão que marcam a narrativa. Melhorias na eficiência e nos recursos de maquiagem evidenciam a evolução dos bastidores. Dessa forma, a série consolida seu compromisso em seguir em oferecendo uma experiência autêntica e marcante para o público na segunda temporada que estreia em 13 de abril na Max.
                                                    


