A segunda temporada de The Last of Us, com estreia marcada para 13 de abril de 2025 na Max, traz mudanças significativas na narrativa e na construção do universo pós-apocalíptico. O novo formato promete aprofundar a complexidade dos desafios enfrentados pelos personagens, principalmente com a introdução dos esporos, elemento ausente na primeira temporada.
Contextualizando a mudança na adaptação
A adaptação da série para a televisão, conduzida por Neil Druckmann e Craig Mazin, apresentou na temporada inicial um cenário repleto de tensão, porém optou por utilizar principalmente as gavinhas – estruturas derivadas dos indivíduos infectados – como forma de transmitir a infecção por cordyceps. Inicialmente, os esporos foram deixados de lado, o que gerou questionamentos entre os fãs que lembravam de cenas emblemáticas dos jogos. Na época, Mazin também alegou ser incompatível com a performance dos atores, que teriam que usar máscaras quase o tempo todo.
Em contrapartida, declarações de Mazin e Druckmann feitas durante a SXSW 2025 confirmam a inclusão dos esporos na nova temporada. Essa mudança não é arbitrária; pelo contrário, reflete um esforço consciente de ampliar a ameaça e intensificar a atmosfera do mundo apresentado na série. Ao abordar essa transição, os criadores pretendem equilibrar inovação e fidelidade ao material original, mantendo a coerência narrativa.
O papel dos esporos na narrativa
No universo de The Last of Us, os esporos possuem uma função crucial. Enquanto a transmissão da infecção se dá, majoritariamente, por mordidas ou arranhões, os esporos – partículas liberadas quando um infectado morre – ampliam o perigo ao se espalharem pelo ar. Esse mecanismo, presente nos jogos, especialmente em The Last of Us Part II, cria um ambiente de tensão constante e funciona como uma metáfora visual do avanço implacável do fungo no mundo.
Diversas cenas importantes nos jogos dependem desse elemento para transmitir o peso emocional e a vulnerabilidade dos personagens. Elementos atmosféricos e simbólicos presentes no material original estão sendo repensados para oferecer à audiência uma experiência mais rica, mesmo que o período entre as temporadas seja curto para justificar uma evolução tão drástica do fungo.
Motivos dramáticos e impactos nos personagens
Declarações dos criadores reforçam o caráter deliberado dessa mudança. Neil Druckmann explicou sobre a evolução dos tipos de infectados na nova temporada:
“Há uma escalada nos números e tipos de infectados.”
“Mas também, como você vê no trailer, uma escalada no vetor de como isso se espalha. Na primeira temporada, tivemos essa novidade que não estava no jogo, esses tentáculos que se espalham, e essa era uma forma. E então, nessa cena que você vê neste trailer, há coisas no ar.”
“A razão, quero dizer, nós realmente queríamos descobrir, e novamente, tudo tem que ser dramático. Tinha que haver uma razão dramática para introduzi-lo agora, e há,” disse Druckmann.
Spoilers
A inclusão dos esporos representa, portanto, uma intensificação da ameaça. Ao se espalhar pelo ar, esse elemento não só torna o ambiente mais hostil para os sobreviventes, como também reforça o dramatismo de cenas que se espera ver na adaptação da Parte II do jogo. Diversos momentos, como o ataque no metrô em que Dina descobre a imunidade de Ellie, a infecção de Nora e confrontos decisivos envolvendo os demais personagens, se beneficiam da tensão criada pelos esporos.
O uso dos esporos na narrativa eleva o risco e as decisões dos personagens, refletindo a evolução do mundo e das relações interpessoais num cenário marcado pela sobrevivência. Cada cena ganha, dessa forma, uma camada extra de significado, consolidando a importância desse elemento na trama.
Além dos Runners, Clickers e Bloaters, Craig Mazin e Neil Druckmann deram detalhes sobre os Stalkers vistos nos trailers da segunda temporada.
“Tudo o que direi é que para as pessoas que querem ver mais dos infectados… Apertem os cintos!”, Mazin provocou em conversa com a Empire.
“Você consegue ver uma evolução diferente dessa infecção”, acrescentou Druckmann. “Ela manteve certas partes do cérebro deles vivas, então eles são mais inteligentes. Eles coordenam, se escondem e fazem coisas que nunca vimos nenhum outro infectado fazer neste show.”
Agora só nos resta esperar para ver como os personagens e o universo dessa trama vão reagir à evolução do Cordyceps na adaptação.
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