Todos nós estamos ansiosos por qualquer novidade sobre o ainda misterioso The Last of Us Part II, mesmo que seja de maneira informal.
Através do twitter, o diretor e escritor da continuação do game, Neil Druckmann, respondeu a um tweet do usuário (agora inexistente) Christoff Coen, que disse que The Last of Us é o seu jogo favorito de todos os tempos, mas pediu para manter a “política pessoal” do criador e da desenvolvedora fora da Parte 2. Em reposta Neil disse:
Não podemos fazer. Os escritores trabalham fora de suas visões do mundo. Por exemplo, o final de The Last of Us é muito inspirado pela minha “política pessoal”.
Logo os usuários do microblog questionaram sobre o que seria a “política pessoal” do escritor. O que foi encarado como preconceito, insatisfação pelos questionamentos feito no primeiro jogo – pela opinião do escritor sobre determinados temas, gerando um debate na rede.
Um fã apontou que The Last of Us é profundamente político. Já que o final lida com questões sobre a ética da medicina e sobre a moralidade da auto-preservação, em vez de se sacrificar pelo bem maior.
Coen então disse:
Desculpe, eu estava pensando ao longo de linhas de raça, gênero, orientação. Você tem razão, esses temas existem.
@vallilantuomo falou:
Você percebe o absurdo do seu pedido para Neil Druckmann?, Suas opiniões pessoais resultaram em seu jogo favorito de todos os tempos.
Coen continuou:
A política de Neil começou a sangrar em sua escrita, como em Nadine. Não observo balizas políticas no TLOU.
Se referindo a inclusão da personagem em Uncharted 4, que não tem uma explicação aparente, além do fato de que ela é uma badass e uma mulher negra. Conforme enfatizou o Tech Mic nas palavras de Tim Mulkerin, que também disse:
As pessoas negras, as mulheres e as pessoas LGBTQ existem na vida, como elas existem nos jogos – mesmo se elas te deixam desconfortável.
Vale ressaltar que Left Behind, também contém alguns dos retratos mais interessantes da obra, que é a relação de duas pessoas do mesmo sexo.
Agora, confira alguns tweets traduzidos de usuários que saíram em defesa de Druckmann:
A arte é sempre pessoal. Pedir artistas para não ter opiniões é pedir-lhes que não sejam artistas.
@Neil_Druckmann Mantenha de fora políticas pessoais, a menos que seja algo que eu pessoalmente concorde.
@neil_druckmann Por favor, escreva-me uma história pessoal que seja de apertar seu coração, mas não torne-a pessoal. Obrigado
@Neil_Druckmann Eu quero jogos de computador que sejam feitos por computadores e não sejam arte. TLOU resistiu e sobreviveu além da realização técnica. 🙂
@Neil_Druckmann Neil É sua arte, faça o que quiser. Apenas certifique-se que o jogo viva para ser o primeiro deles.
@Neil_Druckmann Confio em você Neil. Vai ser fantástico.
@Neil_Druckmann Por favor, leve o tempo que precisar para criar uma história surpreendente como a primeira, sem pressa. a maioria de nós fãs da ND e TLOU.
Para pôr um ponto na discussão, o diretor e escritor retweetou e compartilhou um recorte de Stan Lee, enviado por um usuário, que diz:
Uma história sem uma mensagem… é como um homem sem uma alma.
“A story without a message… is like a man without a soul.” -Stan Lee https://t.co/SOSiPy8KvQ— Neil Druckmann (@Neil_Druckmann) 23 de janeiro de 2017