Desde sua estreia em 2023, The Last of Us, da HBO, se destacou entre as adaptações de videogames ao formato televisivo. Com uma abordagem mais fiel ao material original na primeira temporada, a série conseguiu boa recepção tanto do público quanto da crítica. A segunda temporada, no entanto, seguiu um caminho narrativo mais livre em relação ao jogo The Last of Us Part II, o que gerou reações mistas entre os fãs. Agora, mesmo com o encerramento da segunda fase da adaptação, novas imagens de bastidores reacendem a discussão: local icônico baseado no jogo foi construído para a série, mas acabou sendo ingnorado.
As imagens em questão foram divulgadas por Don Macaulay, designer de produção da segunda temporada, por meio de uma publicação no Instagram. Elas mostram a construção do portão da zona de quarentena de Seattle, que ambientam cenas presente no jogo e que foi parcialmente inserido no episódio 3 da nova temporada. Mais cenas estavam planejadas, o set chegou a ser montado com fidelidade visual em relação ao jogo, mas acabou sendo deixado de fora do corte final, possivelmente devido a limitações de tempo e ritmo do episódio.
No jogo, a chegada de Ellie e Dina ao portão de Seattle marca um momento importante da jornada do Dia 1. Além de fornecer elementos práticos — como pistas sobre a localização do posto avançado e a estrutura do território —, o trecho também ajuda a estabelecer a mudança de poder na cidade, revelando que a FEDRA não tem mais controle sobre o local, agora dominado por outras facções. Para muitos fãs, a ausência desse local eliminou parte da tensão e da sensação de descoberta que o jogo proporciona nesse trecho.
A decisão de não incluir essa sequência foi justificada de forma prática. Segundo Macaulay, “a rampa quebrada apareceu no episódio com a vista de Seattle. Foi construída no mesmo backlot”, indicando que elementos do cenário original foram reutilizados, mesmo que a sequência completa tenha sido descartada. Em vez disso, a série escolheu uma abordagem mais direta e sombria: Ellie e Dina encontram os corpos de mulheres e crianças — mais tarde identificadas como vítimas dos Serafitas —, o que reforça o clima de hostilidade e o avanço da narrativa sem a necessidade de longas exposições visuais.
“Às vezes construímos e filmamos cenários que, em última análise, não chegam ao show, este foi um,” explicou Macaulay. “O portão de entrada para o que era o ZQ de Seattle. Esta foi uma construção desafiadora, até ao último minuto. Um belo conjunto apesar de não ter feito o show.”
Apesar dos cortes, a revelação do cenário construído mostra o nível de cuidado na produção, mesmo quando certas escolhas narrativas exigem que momentos relevantes fiquem de fora. Como em qualquer adaptação, decisões criativas e práticas moldam o produto final — nem sempre para agradar a todos, mas em busca de equilíbrio entre fidelidade, ritmo e viabilidade. Essa não foi a única seção cortada baseada no jogo.
Até o momento, a HBO não confirmou uma data oficial de estreia para a terceira temporada. Se a produção seguir o mesmo cronograma das temporadas anteriores, é possível que as filmagens comecem em 2026, com uma possível estreia em 2027. Com o público dividido entre expectativas e ressalvas, resta aguardar como os próximos episódios irão adaptar o restante dos eventos complexos e emocionalmente carregados do jogo.
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