Mesmo sendo um jogo incrível, Uncharted 4 não supera The Last of Us

Difícil não ser suspeito para falar ou não ser taxado como fanboy, mas verdade seja dita: Uncharted 4: A Thief’s End é um jogo incrível, mas não supera The Last of Us – seria assim o final do último episódio do The Last of Us INSIDE, que preferi evitar para não ser mal interpretado.

Lançado no  dia 10 de maio, apenas para Playstation 4, Uncharted 4 tem muitos pontos positivos, só que nem tudo é perfeito. Por mais que não devam ser comparados, tenham sido lançados em épocas diferentes e tenham estilos e propostas diferentes, o novo jogo de Drake (com 93) também não superou o pós apocalíptico no Metacritic, site que reúne críticas sobre a indústria do entretenimento, cuja nota de um produto é uma média de todas as avaliações recebidas. The Last of Us (PS3) com 95 fica atrás apenas de Uncharted 2: Among Thieves (PS3) que tem 96.

Talvez isso se deve a necessidade que muitos tem de uma sequência de The Last of Us ou de história mais profunda e de maior impacto. Mas não impediu o jogo de vender mais de 2.6 milhões de cópias na primeira semana.

Uncharted 4 beira a perfeição, os gráficos, sua ambientação e os traços dos personagens são bem detalhados. As cutcenes em tempo real, que tem transições quase imperceptíveis entre elas e o gameplay, fazem um game quase ininterrupto, que dá gosto de jogar. A trilha sonora empolga, a A.I. (Inteligência Artificial) é boa, os puzzles nos envolvem, os cenários destrutíveis até reagem bem com nossas ações, deixando marcas de tiros, pneus e pegadas que impressionam. As conversas paralelas e a história são interessantes. A furtividade funciona – mas poderia ser melhor, e os combates são divertidos. O mais novo exclusivo da Sony, sem sombra de dúvidas merece todos os prêmios de “jogo do ano”, é um game ambicioso e mostrou o potencial gigantesco da Naughty Dog e do Playstation 4.

Mesmo com todas essas qualidades, parece que o game deve mais a equipe que trabalhou em The Last of Us do que os responsáveis por originar a trilogia liderados por Amy Hennig, já que diversas coisas presentes nele são explicitamente influenciadas pelo jogo de Joel e Ellie, ainda que ele carregue todo o legado da série.