Durante as filmagens da primeira temporada de The Last of Us, Bella Ramsey recebeu um diagnóstico de autismo, algo que, segundo Bella, trouxe uma sensação de liberdade e compreensão sobre sua própria trajetória. A revelação veio em uma entrevista a British Vogue, onde Bella compartilhou detalhes sobre como esse diagnóstico influenciou sua vida e sua atuação.
“Minha experiência de se mover pelo mundo é como uma pessoa autista. Não há razão para as pessoas não saberem.”
Para Ramsey, sempre houve indícios de que eram neurodivergentes, mas a confirmação trouxe um novo entendimento sobre suas experiências desde a infância. Crescendo, Bella se via como uma pessoa muitas vezes deslocada no ambiente escolar. Além disso, apresentava características comuns entre pessoas no espectro autista, como hipersensibilidade a estímulos e uma atenção minuciosa aos detalhes nas interações sociais.
Durante as gravações de The Last of Us no Canadá, um membro da equipe, que tem uma filha autista, mencionou a possibilidade, levando Bella a buscar uma avaliação profissional. O diagnóstico foi recebido como um alívio, ajudando a explicar muitos aspectos de sua personalidade e de suas dificuldades diárias.
No contexto profissional, Ramsey destaca que o autismo tem um impacto positivo em sua atuação. A necessidade de observar cuidadosamente as expressões e comportamentos das pessoas ao seu redor para entender interações sociais acabou se tornando uma ferramenta valiosa na construção de seus personagens. Além disso, a rotina organizada de um set de filmagem, onde há horários definidos, direções claras e padrões previsíveis, proporciona um ambiente confortável para Bella. A estrutura do trabalho no cinema e na televisão acaba sendo um suporte essencial para lidar com algumas dificuldades associadas ao espectro autista.
Bella descreve a descoberta como algo “libertador”, pois permitiu que se enxergassem com mais gentileza, compreendendo melhor por que certas tarefas simples suas podem ser mais desafiadoras, do que para outras pessoas. A decisão de compartilhar publicamente esse diagnóstico também reflete sua visão de que não há motivo para esconder ou evitar o assunto. Essa abertura contribui para ampliar a discussão sobre o autismo, especialmente dentro da indústria do entretenimento, ajudando a quebrar estereótipos e incentivar maior representatividade.
No artigo, Bella compartilha uma visão carinhosa sobre seu colega de trabalho, Pedro Pascal, destacando a forte conexão entre eles durante as gravações de The Last of Us. Ramsey descreve Pascal como um “parceiro de alma” tanto no trabalho quanto na vida pessoal, enfatizando a empatia que ele demonstra. A confiança mútua se reflete na forma como se apoiaram ao longo da primeira temporada, com Pascal elogiando a habilidade de Ramsey de fazer com que todos se sintam cuidados e compreendidos. A amizade entre os dois se fortaleceu durante as gravações, com Ramsey se referindo a Pascal de maneira mais descontraída e carinhosa, chamando-o de “Pedge”.
Com a segunda temporada de The Last of Us a caminho, Bella Ramsey continua se destacando como um dos nomes mais promissores de sua geração. Seu talento, aliado à autenticidade com que compartilha suas experiências, reforça a importância de uma maior diversidade no cinema e na televisão. Ao trazer à tona temas como neurodivergência, Bella não apenas ajuda a aumentar a conscientização, mas também mostram como diferentes perspectivas podem enriquecer a narrativa audiovisual.
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