2ª temporada de The Last of Us “é uma versão diferente do jogo, mas o DNA está lá”, diz Druckmann

2ª temporada de The Last of Us “é uma versão diferente do jogo, mas o DNA está lá”, diz Druckmann

Neil Druckmann e Craig Mazin estão prontos para enfrentar novos desafios com a segunda temporada de The Last of Us, que promete mudanças narrativas significativas em relação ao jogo Part II. A parceria entre os dois criadores, iniciada em 2019, resultou em um projeto que redefiniu as adaptações de videogames para a televisão. Enquanto Druckmann, como diretor criativo da Naughty Dog, trouxe sua visão detalhada do jogo, Mazin acrescentou sua experiência na criação de histórias impactantes, como demonstrado em Chernobyl.

Uma das principais dificuldades na adaptação de The Last of Us Part II é a necessidade de expandir a narrativa para mais de uma temporada devido à sua complexidade e duração. Além disso, a história distancia Joel e Ellie, subverte expectativas e introduz Abby, uma personagem que dividiu opiniões entre os jogadores. Kaitlyn Dever foi escolhida para interpretá-la, mas sua aparência física difere da versão do jogo — uma decisão justificada pelos showrunners como uma escolha baseada no talento de atuação, em vez de apenas replicar o porte muscular da personagem. Mazin e Druckmann estão cientes das intensas reações que essas mudanças podem provocar, mas confiam em sua abordagem para tornar a história o mais envolvente possível para o público televisivo.

A produção da segunda temporada tem sido particularmente desafiadora, especialmente para Bella Ramsey, que interpreta Ellie. Mazin destacou, em entrevista à Variety, a resiliência de Bella e sua disposição para enfrentar cenas intensas, embora Bella admita temer não atender às próprias expectativas em alguns momentos emocionais. Para lidar com as cenas mais pesadas, Ramsey adotou estratégias incomuns, como ouvir músicas leves para equilibrar o peso emocional. Enquanto isso, Pedro Pascal comentou sobre a dificuldade de filmar uma temporada em que seu personagem tem menos tempo de tela e sobre a sensação de estar mais distante de Ramsey — algo que reflete o relacionamento conturbado entre Joel e Ellie na trama. Os showrunners também aproveitaram a série para expandir personagens secundários, como Eugene, que desempenha um papel mais significativo na TV em comparação com sua breve menção no jogo.

Druckmann, que já enfrentou intensas críticas e ataques online após o lançamento de The Last of Us Part II, revelou que desenvolveu resiliência emocional contra a negatividade. Suas experiências passadas o prepararam para lidar com possíveis reações adversas à segunda temporada da série. Segundo ele, as mudanças feitas na adaptação preservam a essência da história original, ao mesmo tempo em que oferecem uma nova perspectiva ao público.

“Adoro as mudanças que fizemos”, ele diz. “É uma versão diferente dessa história, mas seu DNA está lá. Talvez mais do que animado, estou realmente curioso para saber qual será a reação deles.”

No entanto, o futuro da série permanece incerto. Mazin e Druckmann planejam dividir a Part II em pelo menos duas temporadas, mas ainda não há uma decisão definitiva sobre a duração total da série. Quanto à possibilidade de um terceiro jogo, Druckmann adota uma abordagem cautelosa, afirmando que não há garantias de que a franquia continuará além do que já foi criado. Independentemente disso, a expectativa para a segunda temporada que estreia em 13 de abril, continua alta, com os fãs ansiosos para ver como a história se desenrolará na televisão.