Craig Mazin, showrunner de The Last of Us, confirmou em entrevista ao The Hollywood Reporter que a terceira temporada da série da HBO será mais longa do que a segunda e terá uma estrutura mais próxima da primeira, no mesmo nível. “A terceira temporada será mais longa que a segunda. A terceira temporada será mais alinhada com a primeira.”, afirmou.
A mudança acontece depois de uma segunda temporada mais curta, com sete episódios, que adaptou apenas a primeira metade de The Last of Us Part II, jogo desenvolvido pela Naughty Dog. A primeira temporada, em comparação, teve nove episódios.
A saída dos criadores do jogo
Mazin também comentou que, desta vez, ficará sozinho na função de roteirista principal. Isso porque Neil Druckmann, co-criador do jogo e produtor da série, e Halley Gross, coautora de The Last of Us Part II, retornaram ao estúdio Naughty Dog para desenvolver um novo título, chamado Intergalactic: The Heretic Prophet. Apesar disso, ele destacou que o processo não muda tanto: “Eu já passava a maior parte do tempo escrevendo sozinho, mas as conversas com Neil e Halley nas duas primeiras temporadas foram fundamentais para termos uma noção do que viria depois. Essa base já está feita.”
Ao falar sobre o andamento da nova temporada, Mazin disse que está em sua fase favorita do trabalho: “É muito quieto. Só eu e meu teclado ergonômico. As páginas estão acontecendo, e eu fico um pouco como um monge, só escrevendo. É a forma mais pura do que eu faço.”
O showrunner também abordou o desafio da produção da série, citando o segundo episódio da segunda temporada como um dos mais difíceis: o ataque a Jackson, que exigiu um grande esforço em próteses, dublês e efeitos visuais, envolvendo até sete empresas especializadas, entre elas Weta e DNEG.
Comparando sua experiência com Chernobyl, produção que lhe rendeu um Emmy, Mazin disse que levou para The Last of Us a importância da atenção aos detalhes e do cuidado com os efeitos visuais. “Os efeitos são quase como trabalhar com atores. Você precisa tentar várias vezes até encontrar o resultado certo”, afirmou.
Com a série acumulando indicações e vitórias no Emmy, Mazin reconhece que a visibilidade aumentou o interesse de atores pelo projeto. Na segunda temporada, nomes como Jeffrey Wright, Kaitlyn Dever, Catherine O’Hara e Joey Pantoliano participaram, e o showrunner espera novas adições de peso para o terceiro ano. Entre os desejos pessoais, ele revelou que adoraria escrever algo para Meryl Streep.
Apesar de estar cada vez mais associado ao drama, Mazin não descarta momentos de leveza dentro da narrativa. “Acho que já contei todas as piadas que tinha. Mas gosto de achar momentos de humor dentro do drama, especialmente trabalhando com atores que vêm da comédia”, disse.
Por fim, o criador comentou que, assim como nas temporadas anteriores, pretende dirigir ao menos o episódio de abertura da terceira temporada, para garantir a coesão do tom e do planejamento da produção.
Com previsão de estreia para 2027, a terceira temporada de The Last of Us seguirá a adaptação de Part II e, segundo Mazin, terá fôlego maior para desenvolver sua história — retomando o ritmo mais amplo que marcou o sucesso da primeira temporada.
